Estudo de caso : Como a certeza é maligna
Professora
evangélica prega em aula e aluno sofre bullying na escola
Adolescente
de 15 anos passou a ser vítima de bullying e intolerância religiosa como
resultado de pregação evangélica realizada pela professora de História Roseli
Tadeu Tavares de Santana. Aluno do 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual
Antonio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo, o garoto começou a ter falta
de apetite, problemas na fala e tiques nervosos.
Ele
passou a ser alvo de colegas de classe porque é praticante de candomblé e não
queria participar das pregações da professora, que faz um ritual antes de
começar cada aula: tira uma Bíblia e faz 20 minutos de pregação evangélica aos
alunos. O adolescente, que no ano passado começou a ter aulas com ela, ficava
constrangido. Seu pai, o aposentado Sebastião da Silveira, 64 anos, é sacerdote
de cultos afros. Neste ano, por não concordar com a pregação, decidiu não
imitar os colegas. Eles perceberam e sua vida mudou.
Desde janeiro, ele sofre ataques. Primeiro, uma bola de papel lhe atingiu as costas. Depois, ofensas graves aos pais, que resolveram agir. "Ficamos abalados", disse Silveira. "A própria escola não deu garantias de que meu filho terá segurança."
O garoto estuda na unidade desde a 5ª série. Poucos sabiam de sua crença. E quem descobria se afastava.Da professora, ouviu que pregação religiosa fazia parte do seu método. Roseli não quis comentar sobre o caso.
A Secretaria Estadual da Educação promete que a Diretoria de Ensino de São Bernardo irá apurar a história e reconhece que pregar religião é proibido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Na escola, os alunos reclamam da prática. "Não aprendi nada com ela. Só que teria de ter a mesma religião que ela", disse um menino de 16 anos.
Desde janeiro, ele sofre ataques. Primeiro, uma bola de papel lhe atingiu as costas. Depois, ofensas graves aos pais, que resolveram agir. "Ficamos abalados", disse Silveira. "A própria escola não deu garantias de que meu filho terá segurança."
O garoto estuda na unidade desde a 5ª série. Poucos sabiam de sua crença. E quem descobria se afastava.Da professora, ouviu que pregação religiosa fazia parte do seu método. Roseli não quis comentar sobre o caso.
A Secretaria Estadual da Educação promete que a Diretoria de Ensino de São Bernardo irá apurar a história e reconhece que pregar religião é proibido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Na escola, os alunos reclamam da prática. "Não aprendi nada com ela. Só que teria de ter a mesma religião que ela", disse um menino de 16 anos.
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