GEO-HISTÓRIA DA SECA NO RIO GRANDE DO NORTE (1889-1930
Edição do
dia 24/05/2012
24/05/2012
22h03 - Atualizado em 25/05/2012 15h46
Região Nordeste sofre com
maior estiagem dos últimos 40 anos
Pecuaristas buscam alimento para o gado a mais de
mil quilômetros de distância e substâncias tóxicas contaminam os açudes que
ainda não secaram.
Michelle
Rincon, Beatriz Castro, Amorim Neto
-Pernambuco, Rio Grande do Norte
A edição desta quinta-feira (24) do
Jornal Nacional começa com um trabalho coletivo de reportagem sobre um problema
histórico do Brasil: a seca na
região Nordeste, que prejudica milhões de cidadãos. Em 2012, a situação é a
mais grave em quatro décadas.
A situação do
rebanho também é grave no Rio Grande do Norte. Na região do Seridó, um
cemitério de animais. Em grande parte já não há mais como levar o gado para
outros pastos, como era feito no passado. É que hoje, o que resiste tem só pele
e osso.
"Os animais
aí andando, tudo pendendo com fome e sede e a gente sem ter o que fazer",
descreve a produtora Ana Zulmira Diniz.
“De janeiro até
agora em maio, a precipitação era de 132 milímetros. No mês de abril foi zero.
E isso, pelo menos até aqui, é uma precipitação que você pode dizer sim que é
uma precipitação de deserto", define o técnico da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) José Augusto Filho.
A seca também
afeta diretamente a produção de caju no Rio Grande do Norte. O estado é um dos maiores produtores de castanha do país, mas, para
manter a atividade, as grandes beneficiadoras estão tendo que importar o
produto. Ou seja, os produtores agora também são importadores. Eles dizem que
já adotaram a medida antes, para evitar a perda de clientes.
"No ano
passado já trouxemos castanha da África e esse ano nós estamos trazendo mais 12
mil toneladas ou mais, dependendo do tamanho da safra que vai dar em
2012", conta o presidente da Usina de Beneficiamento de Castanha de
Mossoró (Usibrás), Francisco de Assis Neto.
No estado, cerca
de 50 mil toneladas de castanha eram produzidas por ano, quando as chuvas
permitiam. A previsão é de que, em 2012, a produção fique em torno de dez mil
toneladas.
Na maior empresa
do Rio Grande do Norte, a capacidade de processamento foi reduzida em 40%. E a
seca acaba afetando o emprego na região. Os diretores não revelam quantos
trabalhadores foram demitidos em mais essa seca, mas o que ninguém esconde é o
sofrimento que a falta de chuva impõe ao sertanejo.
TEXTO ADAPTADO PARA USO DA DISCIPLINA
Disponível
em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/05/regiao-nordeste-sofre-com-maior-estiagem-dos-ultimos-40-ano.html Acesso
em 24 maio 2012.
No site você pode assistir a reportagem na integra.
01. A reportagem exibida pelo Jornal
Nacional trata a seca como “um problema histórico do Brasil”.
Em sua opinião por que esse
termo é usado ?
02. Quais são as possíveis causas da seca?
03. Haveria uma solução para esse problema histórico? Justifique.
04. A seca afeta a sua vida
cotidiana? Justifique.
05. Em sua opinião há alguma relação
entre a seca no campo e as cidades? Explique.
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