Início do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
A Muralha
Qual o propósito de uma barreira? Não
se faz uma barreira senão com o proposito de impedir o trafego de alguma
pessoa, coisa e até mesmo
ideias. Assim sendo o que
ou a quem se prentende barrar? A apresentação da obra em análise nesse artigo
parece ser capaz de solucionar o mistério.
Hélio Mamede de Freitas Galvão era
advogado, escritor e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras e
historiador. Seu curriculo o torna uma figura de autoridade no cenário
intelectual do estado no período em questão.
Ele é um legitimador do caráter
histórico da memória cristalizada em “Barreira do Inferno”.
O
aspecto mítico do nome do lugar, que Galvão adjetivou de “obscuro “ e “do qual
antes nunca se havia falado”, o atrai. O apavorante topônimo, assim como um
abismo,merece uma olhada mais de perto. Atentando ao “conteúdo semântico da
expressão” ele revela o porquê de uma barreira, o que deve ser impedido.
“ […] se melhor se atenta no conteúdo semântico da
expressão,talvez pudesse significar que nas proximidades de Natal se havia
erguido uma barreira,uma muralha contra o inferno,isto é ,contra as forças que opõem
ao progresso democrático, á paz que é fonte de Justiça” MENDONÇA,1964.
Embora
tenha feito uso do misticismo em seu texto, fica claro com a citação acima que
o inferno é de outra natureza, é do campo do político. Evidentemente que antes
de achar a “paz que é fonte de Justiça” muitas batalhas ainda seriam
travadas. Mas a política também tem suas forças ocultas, ou no caso, ocultadas
e diluídas em uma demonizada esquerda flamejante. A ideia proposta é que a muralha
quando erguida tanto afasta do inferno quanto leva ao paraíso do “progresso
democrático”.
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