CONVERSAS COM CLIO: A OPERAÇÃO DO MÉTODO HISTÓRICO (PARTE I)
O PROBLEMA
A
base para a construção do conhecimento histórico é a realidade na qual nós
historiadores estamos inseridos. Ele
emerge de uma carência de orientação temporal de um individuo ou grupo.
O
problema em sua forma bruta ainda não é próprio da Ciência Histórica, para isto
é necessário historicizar e
problematiza-lo. Ele tem sempre uma relação direta ou indireta com o contexto
temporal e social do Historiador. O profissional da História detecta o problema
de formas distintas. Ele pode ser percebido por uma observação do cotidiano (o congestionamento do trânsito em natal); uma experiência pessoal do pesquisador
(ter passado por algum tipo de preconceito) ou em sua prática profissional (o contato com uma fonte que o desperte
para algum problema/ o questionamento de um aluno durante uma aula).
De
maneira geral o problema está ligado aos interesses de um determinado grupo social,
mas isso não é uma regra geral. Há algumas pesquisas cujo problema atende
apenas interesse pessoal e em uma primeira vista não tem grandes contribuições
para a sociedade. Todavia o produto final pode ser direcionado para o bem
comum, pois mesmo os interesses
individuais estão relacionados a um contexto social mais amplo.
O problema ainda pode ter caráter
apenas metodológico originado de um obstáculo que o
pesquisador encontrou durante a produção do conhecimento histórico (ex.: dificuldade
de encontrar determinada fonte). Este
tipo de problema contribui produzindo facilitadores da pesquisa histórica (ex.:
tradução de textos em latim ou organização de um arquivo).
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