O OPERARIADO BRASILEIRO PRÉ-REVOLUÇÃO DE 1930: UM BALANÇO HISTÓRIOGRÁFICO
Por Cláudio Correia de Oliveira Neto correia.claudio@rocketmail.com A historiografia tradicional da década de 1970, na figura de Boris Fausto, defende que as limitações estruturais, que favoreciam a heteronomia sindical, geram um movimento operário débil, o que leva o movimento a uma sucessão de derrotas. A influência do movimento anarquista, na visão do historiador citado anteriormente, impossibilita uma luta no campo político, uma vez que Fausto não reconhece no combate prático das relações de produção um aspecto político. A não formação de um partido político ou sindicato constitui um erro tático que além de dificultar a formação da classe operária ainda a afasta do espaço de poder representativo. Ainda na introdução da obra “Trabalho urbano e conflito social (1890-1920)” Fausto defende que a luta fundamental não se define entre uma burguesia agrária e a classe operária, pois o operariado brasileiro é apenas uma ...